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Vape – Alerta para os riscos dos cig@rr0s eletrônicos

Tempo de leitura: 3 min

O uso de vaporizadores eletrônicos, mais conhecidos como vape, tem ganhado popularidade nos últimos anos como uma alternativa menos prejudicial ao tabagismo convencional. No entanto, pesquisas e estudos recentes destacaram uma série de potenciais malefícios à saúde associados ao uso desses dispositivos que, embora tenha sido construída uma imagem de um produto mais seguro do que os cig@rr0s tradicionais, devido à ausência de tabaco e de queima, o fato é que, esses vaporizadores oferecem riscos graves, podendo levar os seus usuários a um quadro de extrema gravidade. 

 

Os principais riscos à saúde decorrentes do uso do vape, incluem a exposição a substâncias químicas nocivas, como o propilenoglicol, que é um composto químico frequentemente usado em produtos de consumo, como alimentos, medicamentos e de cuidado pessoal, devido à sua capacidade de reter a umidade e melhorar a textura. Quando inalado, ele pode causar lesões nas vias respiratórias, resultando em sintomas como tosse, garganta seca e desconforto respiratório. Embora não esteja associado a doenças graves quando inalado em pequenas concentrações, uma exposição excessiva pode causar estresse crônico. Outra substância que causa riscos aos usuários dos cig@rr0s eletrônicos, é o acetato de vitamina E, um antioxidante natural, utilizado como um agente espessante em líquidos de vaporização. Já há relatos de problemas de saúde associados à inalação de acetato de vitamina E, especialmente em produtos adulterados ou não regulamentados, como lesões pulmonares graves, muitas vezes referidas como “lesões pulmonares relacionadas ao uso de cig@rr0s eletrônicos” (EVALI). Essas lesões levam a sintomas graves como falta de ar, tosse, dor no peito e até mesmo insuficiências respiratórias. Além disso, a inalação de partículas ultrafinas presentes nos vapores pode levar a problemas respiratórios e cardiovasculares. Estudos também sugerem que o uso desses vaporizarores pode comprometer a função pulmonar, especialmente em jovens e adolescentes em fase de desenvolvimento. 

É importante ressaltar que as preocupações com o propilenoglicol e o acetato de vitamina E estão ligadas ao seu uso em vaporizarores e à inalação desses compostos, especialmente quando aquecidos. Em outras aplicações, como alimentos ou produtos de cuidado pessoal, essas substâncias podem ser consideradas seguras se seguidas as especificações das autoridades reguladoras brasileiras. 

Doenças antes associadas ao ato de fumar, como a bronquiolite obliterante, foram relacionadas ao uso de cig@rr0s eletrônicos. Essa condição causa uma inflamação bronquíolos, resultando em sintomas como falta de ar e tosse persistente. Outra doença que tem surgido com maior frequência entre os usuários de vaporizarores é a pneumonia lipoide, causada pela inalação de óleos presentes em alguns líquidos de vaporização. Segundo o estudo feito pelo Center for Tabacco Research da Ohio State University Comprehensive Cancer Center e da Southern California Keck School of Medicine, ambas dos Estados Unidos, feito com mais de 2000 jovens com idade média de 17 anos, constatou que 23% desse universo de jovens desenvolveu asma e, em alguns indivíduos, 30 dias de consumo dos cig@rr0s eletrônicos foram capazes de gerar problemas respiratórios severos, como foi o caso do saudável lutador amador inglês, Sean Tobin de 20 anos, que após sentir uma dor intensa nas costas, foi ao pronto socorro acreditando ser uma distensão muscular e lá foi constatado o colapso do pulmão direito. 

Além dos riscos já citados, é importante também destacar o potencial significativo de causar dependência, especialmente devido à presença de nicotina em muitos dos líquidos utilizados. A nicotina é altamente viciante e pode levar a um ciclo de consumo contínuo, resultando em dificuldades para parar de usar o dispositivo. Esse fator é particularmente preocupante entre os jovens, que podem começar a usar os vaporizarores sem entender completamente os riscos envolvidos. 

Em resumo, embora para alguns os vaporizarores possam ser considerados uma opção relativamente menos prejudicial, em comparação com os cig@rr0s tradicionais, o fato é que, oscig@rr0s eletrônicos representam sim, graves riscos à saúde. Os malefícios potenciais incluem exposição a substâncias químicas perigosas, problemas respiratórios diversos e cardiovasculares. Além disso, o potencial de causar dependência, especialmente entre os jovens, torna esses dispositivos uma preocupação crescente para profissionais e autoridades de saúde de diversos países, incluindo o Brasil. 

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