A dependência química atinge pessoas das mais distintas classes sociais e variadas idades. Em qualquer um desses casos, a atuação da família agindo como um alicerce para o paciente superar esse momento de turbulência é de extrema importância.
A adicção, afeta drasticamente a vida do dependente e o prejudica em várias esferas da sua rotina, seja na vida profissional ou pessoal. A família também se sente afetada diante dos dissabores provocados pelo vício de um ente querido, contudo, são justamente os familiares que darão os primeiros passos que poderão incentiva-lo a lutar pelo seu processo de recuperação.
É válido salientar que, em vários casos, o dependente nega estar passando por problemas e, dessa maneira, recusa-se a se submeter a qualquer tipo de tratamento ou até mesmo a receber ajuda. Em tais situações a família deve ter uma atuação decisiva, uma vez que são os familiares que estarão aptos a possibilitarem uma internação involuntária.
Neste artigo abordaremos aspectos relevantes que demonstrarão qual o papel da família no tratamento de um dependente químico e esclarecerão algumas dúvidas de como proceder para ajudar de maneira correta um familiar que esteja passando pela triste situação da adicção.
O que é dependência química?
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), a dependência química consiste em uma reunião de sintomas fisiológicos, comportamentais e cognitivos que se propagam após o consumo da dr0g@, por vezes consecutivas.
Ainda explica a CID 10, o desejo de consumir, bem como a relutância em conseguir controlar o uso, mesmo sendo percebíveis as consequências negativas que a dr0g@ irá causar, se tornando essencial e prioritária na sua vida.
É importante que o indivíduo com dependência química procure ajuda com profissionais da saúde qualificados, quando ocorrerem situações nas quais a substância esteja influenciando negativamente a saúde física e/ou rotina, funções acadêmicas e/ou profissionais e as relações pessoais.
A importância da presença familiar
A família é essencial para fazer com que o dependente químico não se sinta sozinho em um momento tão conturbado. É por meio do apoio familiar que o adicto terá o incentivo para seguir em frente e não se entregar de uma vez por todas ao vício e ir além da sua busca, mesmo quando quiser desistir.
Entretanto, a família deve estar preparada para agir corretamente em todas as situações conflitantes, evitando dessa maneira comentários demasiadamente críticos ao paciente ou agindo de maneira superprotetora, pois essas são duas ações que geralmente desencadeiam as indesejadas recaídas.
Além disso, é indispensável que os familiares tenham uma exata noção do grau de exigências em relação à dependência química, conhecendo melhor a doença e se informando cada vez mais acerca do assunto, tendo também a convicção de que a internação é o melhor e mais eficaz caminho.
A família não só pode, como deve ajudar seu ente querido na busca da recuperação de um problema tão grave, como a adicção. Entretanto, caso venha a atuar como facilitadora e com atitudes inadequadas, poderá ser o ápice, que o levará à recaída de comportamentos, e, certamente, ao uso de substâncias.